segunda-feira, 12 de julho de 2010

Plenitude Utópica.

Meu peito dói como em doença terminal. O coração parece que vai explodir, sinto a visão ficar turva e meus sentidos falharem. A mente parece que vai parar de pensar subitamente e permanentemente. Eu me espanto com a força que tal sentimento exerce sobre mim.
Em um dado momento, tudo parece claro e eu sei o porquê de cada coisa, me convenço de que assim será. No minuto seguinte tudo é escuridão. Não sei mais o que é certo, o que é errado e muito menos o que é razão.
Chego a me culpar pelo meu estado de desespero. Chego a dizer que se eu quisesse, agora mesmo daria um fim ao que me atormenta, mas não é tão fácil. Não é tão fácil abrir mão de sentimentos sinceros em troca de emoções fugazes e felicidades momentâneas. Se eu quisesse eu teria alegrias e prazeres, mas se assim fosse eu estaria abrindo mão do meu verdadeiro querer e não poderia viver o amor que sinto da forma como acho que ele deve ser vivido, ou melhor, da forma como eu quero vivê-lo.
Essa angústia, esse desespero nunca representarão nada para ele. Serão só coisas de uma garota que insiste "nisso de amor" e que não sabe aproveitar os minúsculos momentos da vida que não são feitos de amor propriamente dito, em nome dessa plenitude utópica.
Gostaria imensamente de não estar sentindo nada disso, seria mais fácil e indolor, mas ainda não me sinto preparada para negar o meu amor.

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