sábado, 10 de julho de 2010

Fuga.

Não será tudo isso uma fuga? Essas noites, essas orgias, essas pessoas? Não será tudo uma tentativa vã de esquecê-lo? O que mais quero é arrancá-lo da minha mente e do meu coração. O que mais quero é nunca mais amá-lo. Nem que para isso eu tenha que caminhar vazia. É melhor caminhar vazia e não sofrer, não chorar e nem me desesperar. O que eu quero é nunca mais me perder dentro daqueles olhos doces e nem daquele abraço caloroso.
Eu quero fugir para longe de sua presença, mesmo que isso represente amputar uma parte de mim mesma.
Isso dói tanto dentro de mim. É uma dor tão sufocante que acho que vou morrer sem ar. Por isso eu fujo para a noite. Ela me oferece alegrias vãs, prazeres fugazes, pessoas igualmente fugazes, substâncias do esquecimento e da felicidade. E eu esqueço que ele existe, mesmo que por uma noite. Eu esqueço que o amo só por uma noite. Eu sou "feliz" só por uma noite.

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